A PEDAGOGIA DO NATAL

Quando visto em suas subjetividades, o Natal se apresenta carregado de ensinamentos preciosos. Todo o contexto do nascimento de Jesus aparece envolto por uma tremenda ação didática de Deus para os homens.
O Natal nos ensina que é possível amar, mesmo sem ser amado: amar os diferentes, indiferentes, os rebeldes, rejeitados ou excluídos. O Natal é a confirmação de que o verdadeiro amor não é uma resposta ao amor. Jesus disse: “...: amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;...” (Mateus 5:44). Através do nascimento de Jesus, Deus nos ensina que atitudes de amor abrem portas com aqueles que procuram manter as portas fechadas.
O Natal nos ensina que perdoar é possível com atitudes e não só com palavras. Com o advento do nascimento de Jesus, aprendemos que “o perdão divino vem antes do arrependimento humano”. Com esse evento, entendemos que o perdão é uma disposição de andar com o ofensor, mesmo antes de o arrependimento brotar no coração. Enquanto não houver disposição para voltar a andar com o ofensor, o perdão ainda não brotou no coração do ofendido! Na manjedoura Deus demonstrou a sua prontidão para perdoar o pecador e caminhar com ele em profunda comunhão.
O Natal nos ensina também que os propósitos de Deus não se concretizam pela via plana. O nascimento de Jesus foi cercado de dificuldades. José, a princípio, planejou deixar Maria quando soube que ela estava grávida, antes de se ajuntar a ele (Mt. 1:19); Herodes procurou saber onde estava o recém- nascido e, depois não conseguindo, ordenou que fossem sacrificados todos os meninos de dois anos para baixo que haviam em Belém, pois queria destruir o rei dos Judeus (Mt.2:1-18); em Belém, Maria e José não acharam lugar na estalagem (Lc.2:1-7); tudo parecia contrário à chegada do pequeno Jesus. A expectativa de que Deus facilita a vida, para que seus sonhos se realizem em nós, é uma das grandes heresias da teologia contemporânea. Deus não facilita, mas realiza!
O Natal nos ensina que as realizações que perduram não são fruto de conquistas rápidas. Deus preparou a vinda de Jesus desde a queda do homem no Éden; primeiro separou um homem chamado Abraão, depois formou um povo, Israel; enviou seus profetas que proclamaram a chegada do Messias e, por último, separou o ventre de uma jovem virgem chamada Maria. Deus não decidiu e foi fazendo; para Ele, as grandes realizações são o resultado de grandes preparações!

Não importa onde e quando aconteceu o nascimento de Jesus, o importante é tudo o que podemos aprender e aplicar em nosso viver dos benefícios que se apresentam naquele evento que marcou para sempre a história da humanidade. 

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