Disseram
para mim que a velhice era o fim; pobre de mim... Quase envelheci pensando
assim!
Os anos se
passaram, os projetos acabaram as dores, aumentaram a pele encolheu e a lembrança...
Que tristeza! Quem sou eu?
Sou retrato
do fim? Coitado de mim! Eu não posso pensar assim! A velhice não pode ser o
fim. Existe muita história dentro de mim!
Não sou o
que aparento, sou produto do tempo, imagem refletida da experiência vivida. Agora
sei o que não sabia, conheço o que não conhecia e fiz quase tudo que a vida
prometia.
Retrato do
fim... Olha prá mim! Não sou as rugas que carrego as dores que lamento, nem a
inutilidade que aparento. Não sou um descarte, de uma sociedade que só vê
partes. Sou um ser integral carregado de histórias que fazem de mim alguém
especial.
Se a
velhice é o fim, quero continuar assim... Continuaria exalando vida por toda lida com
uma alegria incontida, lembrando que a vida fez de mim uma obra de arte bem
definida.
Viveria com
intensidade, apesar da idade em meio à cidade, olhando firme para a eternidade.
Velho,
eu... Quem sou eu? Não sou velho, nem idoso, sou um ser maravilhoso, que aprendeu
com um Deus grandioso a colocar cada fase da vida em um todo glorioso.
(Fiz esta poesia em homenagem ao Dia do Idoso - 1º de Outubro)
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