EM BUSCA DE SOFIA

Sofia se perdeu... Sumiu... Os jornais passaram a relatar o desaparecimento dela. A mídia não para de falar sobre o assunto. Onde está Sofia? Será que ela morreu? Tão bela e desejada, acabou sendo ultrajada! Para onde foi Sofia? Será que esse é mais um caso de pedofilia, suicídio, assassinado ou seqüestro, não sei...  O fato é que Sofia desapareceu!
Comecei a procurá-la... Procurei na filosofia e não a encontrei.  Entrei pelo campo da especulação filosófica, trilhando pelo caminho da lógica e não achei. Usei o raciocínio dedutivo e o indutivo e nada! Procurei usar o método contemporâneo da lógica, chamado “lógica imagética”, e não encontrei Sofia. Ampliei meus conhecimentos através de cursos, seminários, conferências, e nada! Quanto mais procurava Sofia através do conhecimento, mais me distanciava dela. Não achei Sofia no conhecimento. Percebi que a especulação não era o melhor caminho, pois a razão não trouxe quem eu buscava!
Procurei também Sofia na estrada da vida. Olhei para a experiência de vida tentando encontrar Sofia. Percebi que ela não estava por lá... Encontrei homens e mulheres destruídos pelas suas próprias vivências, mas não encontrei Sofia. Conversei com gente da terceira idade, idosos e anciãos, e não a encontrei. Achei muita experiência parecida com ela, mas não Sofia!
De tanto procurar por Sofia e não a encontrar, passei a sondar minha própria mente. Queria saber se eu não estava buscando algo que não existia. Talvez Sofia fosse apenas uma fantasia, uma criação de minha mente. Um arquétipo de minhas reminiscências... Procurei Sofia dentro de mim e não achei, sondei meu consciente e inconsciente, Sofia não estava lá! Na verdade eu encontrei algo parecido com ela, uma Sofia egoísta, interesseira e cheia de carnalidade. Encontrei dentro de mim uma Sofia terrena, animal e diabólica. Não era a Sofia que eu procurava...
Algo me dizia que Sofia existia do jeito que eu imaginava: uma Sofia pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e imparcial.
Depois de tanto procurar percebi que a Sofia que eu buscava não estava no conhecimento, nas vivências e muito menos dentro de mim. Descobri que a verdadeira Sofia estava acima de mim. Ela transcendia minha própria realidade.
A Sofia que eu tanto procurava é a sabedoria (Sofia, em grego), não a sabedoria humana, mas aquela que todo cristão pode ter quando reconhece que ela é uma dádiva divina para todo aquele que a busca com fé (Tiago 1:5-6), nAquele que é a fonte da verdadeira sabedoria (Tiago 3:17-18).

Comentários