UM CHAMADO ESPECIAL


Pastorado não é profissão... Apesar de muitos envidarem esforços pelo reconhecimento social da função, o pastoreio do rebanho do Senhor não cabe no guia de profissões. Não é o reconhecimento das leis trabalhistas (CLT) ou um diploma reconhecido pelo MEC que validará o exercício do ministério pastoral.

O pastoreio não se encaixa nas profissões ligadas às Ciências Sociais, porque é uma função que cuida de uma sociedade alternativa, o reino de Deus; não se encaixa nas Ciências Biológicas e Humanas, porque o pastor trata da alma; não se ajusta na Engenharia e Exatas, porque seus cálculos não são matemáticos; não combina com as Ciências da Terra, porque ele prepara o homem para as realidades celestiais; não se vincula à área das Comunicações, porque o pastor é profeta; também não é possível encaixar nas profissões ligadas à Letra e as Artes, porque o pastor é arauto de verdades espirituais.

O pastor é aquele que recebeu uma vocação divina e trabalha com motivações divinas, visando conduzir o rebanho do Senhor de volta para junto do Pai. A função do pastor não é fazer as pessoas se sentirem bem, mas caminharem bem, em toda e qualquer situação, rumo à eternidade.

O trabalho do pastor não é resolver os problemas das pessoas ou torna-las mais felizes, mas ajudá-las a ver a graça de Deus operando em todas as circunstâncias da vida. A tarefa do pastor não é só comunicar as coisas da religião e fé; o exercício pastoral se define pela comunhão com o Senhor e com seu rebanho. Pastorear é ter sede pela convivência com o rebanho do Senhor; é cultivar relacionamentos no nível da alma. O pastor é um terapeuta da alma, pois ele trabalha no âmago da existência; ele atua na essência do ser.
A função pastoral é uma obra do tamanho de Deus, pois todo pastor “deve ser o interprete do pão vivo, o distribuidor da alimentação divina ao seu povo; deve saber manejar bem e profundamente a Palavra; deve estar à altura e em condições de ensinar a verdade ao seu rebanho. Tem que saber evitar os erros e as investidas dos falsos mestres que rodeiam a igreja. Além disso, ele precisa de qualidades e dons especiais. Precisa ser administrador e organizador para distribuir bem os recursos do Senhor; precisa ser dotado de paciência, de resignação, de fé e de amor; saber chorar e rir ao tempo próprio; não pode ser pessimista, mas otimista; deve ser homem de visão!” (M. A. de Souza – “O Pastor”)

A variedade de inclinações produz a multidão de profissões existentes, e destas vêm as ocupações dos homens. As pessoas escolhem suas profissões a luz de parâmetros sociais, psicológicos, filosóficos e temporais. As escolhas na área profissional são motivadas por padrões diferentes da vocação pastoral. O pastor é aquele que exerce sua função partindo de um chamado especial.

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